segunda-feira, 7 de março de 2011
Liberdade
Liberdade, palavra tão pequena e que denota tamanho valor!
Pessoas matam e morrem em nome da liberdade, vemos atualmente o que tem ocorrido no mundo Árabe, primeiro no Egito e agora na Líbia, o povo lutando para a derrubada de seus governos tiranos e ditatoriais. A cada dia ouvimos através dos jornais vidas sendo ceifadas em nome desta tal liberdade.
Caros leitores, quero lhes desafiar a meditar comigo acerca do conceito “Liberdade”, será que a liberdade é fazermos o que queremos, quando queremos sem dar satisfações a ninguém? É ser você o dono de si mesmo e não se submeter a governos e a autoridades? Vejamos o que diz a Palavra de Deus:
João 8: 36 – “Se pois, o Filho vos Libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Se lermos o texto de João capítulo 8 a partir do versículo 21, vemos que Jesus estava pregando para um grupo de religiosos judeus e declarando a sua autoridade e missão. Alguns judeus o questionavam sobre a sua autoridade e se incomodavam com a maneira que Jesus os denotavam dizendo que para onde Ele iria, eles não poderiam ir (João 8: 21), alguns até chegaram a cogitar que Jesus estava falando de um suposto suicídio que o levaria para o inferno e por isso os judeus não poderiam ir para onde ele iria, pois ao povo judeu havia a promessa que Deus havia feito a Abraão. Porém, Jesus estava falando acerca do seu reino onde não ha escravidão alguma, onde todos são livres para adorá-lo e livres para viver a plenitude do amor de Deus; Já os povos judeus somente pelo fato de serem descendentes de Abraão se achavam o máximo e o esplendor da criação, achavam ainda que podiam viver como quisessem manipulando as santas escrituras ao seu bel prazer e favor e fazendo de suas vidas ainda que subjugados pelos romanos uma ilusória liberdade.
Jesus, porém, lhes afirma que todo aquele que está em pecado é escravo do pecado e, portanto, não tem forças e nem direitos a reivindicar nada da parte de Deus nem mesmo o suposto direito as promessas feitas a Abraão. O mais curioso é saber que os Judeus não eram somente escravos de Roma e sim de si mesmos, eles estavam presos pelos seus pecados e pela sua rebeldia ao Deus todo poderoso que os havia libertado do Egito.
Porém Jesus não vai a eles somente com a Palavra de exortação, mas também com a Palavra de redenção. Curioso é pensar na essência do cristianismo, isso porque o evangelho nos apresenta uma libertação gerada e conquistada por Cristo na cruz do calvário, porém esta libertação não pode ser confundida com libertinação, ou seja, ela não nos habilita, por exemplo, a fazermos a nossa própria vontade, pelo contrário o evangelho diz que devemos negar o nosso eu e nos esvaziar dos nossos desejos carnais, ambições e cobiças e nos enchemos do Espírito Santo que é a verdadeira liberdade.
O apostolo Paulo chegou a se declarar “escravo de Cristo”. Opa peraí, então quer dizer que não existe a “liberdade plena” ??? Vamos ver...
Num conceito mundano “liberdade” é fazer o que se quiser a hora que quiser, sem pedir autorização ou dar satisfações, porém, esta “liberdade” vem recheada de decepções, mortes, anarquias, desamor e falta de paz.
No conceito divino a “liberdade” é muito mais do que fazer o que se quer, é ter o poder de decidir entre o bem e o mal e mesmo que as coisas más pareçam muito mais atrativas e saborosas do que as do bem, é escolher o bem e preferir a aparente escravidão que nos dá vida e que torna o existir pleno e valiosamente único e singular.
Ser escravo de Jesus é poder se levantar de manhã, olhar para os céus, respirar bem fundo e dizer : Eis me aqui, é olhar para a porteira aberta e ao invés de fugir em disparada ficar perto Dele e usar do seu dom para convencer outros a ficarem também, é sentir-se amado e seguro nos momentos da angústia e da dor, é sonhar acordado e dormir tranqüilo na confiança de que Deus vê-la por nós, é poder ir e vir, é poder se dar em favor aos outros, é poder ser você mesmo com suas qualidades e defeitos e ser amado assim mesmo.
Realmente se o Filho nos libertar, somos livres. Livres do mundo e de nós mesmos.
Temos a liberdade para fazermos o que queremos, porém a nossa vontade é a vontade do nosso Pai que esta nos céus a quem entregamos toda a glória e todo o louvor para sempre!
Eu sou Livre dos vícios, livre das paixões mundanas, livre do pecado e acima de tudo de mim mesmo!
Soli Deo Glória
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